Nesta noite, sonhei
Sonhei que me alinhava na beirada de uma piscina com outros competidores. Eram os instantes que antecedem o 'tiro inicial' das competições.
A piscina era a maravilha de 50 metros do Colégio Santo Agostinho, onde estudei durante o primeiro grau. 8 anos tenebrosos. Mas a piscina é ótima, foi lá que aprendi a nadar.
O competidor ao meu lado se afobou e queimou a largada, como nas competições típicas de natação. Depois, todo mundo se alinhou novamente. Me abaixei e esperei atentamente o tiro de largada. Os instantes de silêncio pareciam eternos.
De repente, todos os competidores saltam na água e começam a nadar freneticamente. Eu olho em volta confuso: "O que diabos é isso??!?". Concluí que, de alguma forma bizarra, eu simplesmente não ouvi o tiro de largada.
A próxima cena que vem na minha cabeça é aquela da TV com a classificação final da prova. Na frente do meu nome, as letras: "DNR". Isso é um jargão médico americano que quer dizer "do not ressuscitate", mas no meu sonho indicava que eu havia desistido da prova.
Indignado, lá estava eu no dia seguinte, com Bethania e um cronômetro. Queria saber se o tempo que eu levo para completar a prova me faria ganhar a competição. Se fosse o caso, ia requerer meu título no "tapetão" mesmo. Mas tudo dava errado: o cronômetro não funcionava direito ou Bethania se embolava toda para usá-lo. E quando eu ia pular na água, o zelador da piscina ia removendo as raias, ou aparecia gente nadando na minha frente.
Eu já estava ficando irritado quando o despertador tocou e eu acordei.